03 novembro 2013

13º Capítulo – A lâmina conseguiu vencer mais uma vez ✓



– Queres que te acompanhe?
– Eu sei caminho, sim? Adeus e vê se melhoras, está bem? – Selena parou na porta.
− Sim, minha queridinha Selena. − Selena saiu, deixando assim Demetria a pensar no que iria fazer, pois estes seriam os seus últimos dias de solteira. Começou por arrumar o seu closet. Demetria penso no quanto de tempo que não o limpava.
Demetria começou por uma pequena gaveta que se encontrava atrás da porta do closet. Ela puxou-a e deu de caras com uma caixa média em tons de preto e vermelho.
– Uma caixa? − Demetria retirou a tampa e as lágrimas rolaram pela sua face descontroladamente. − Como pude esquecer esta caixa? Como? – Demetria saiu do closet e sentou-se na beira da cama, vendo as suas recordações, desde que nasceu, o divórcio dos seus pais, até à última foto antes da morte de Patrick e da sua entrada na clínica. Mas havia algo da qual ela esquecera a presença, a lâmina no fundo da caixa.
– Então foi aqui que ficaste? Eu guardei-te? Não eu não posso e nem vou recair. – Demetria fechou os olhos e apertou com força a lâmina, a lâmina conseguiu vencer mais uma vez.
– Demi? – Dianna bateu à porta, mas não a abriu. Ainda bem! – Não tinhas de ir fazer voluntariado no orfanato?
– Sim, mãe. Eu já vou descer. – Demetria respondeu atrapalhada ao arrumar tudo na caixa sem a sujar com sangue. Depois de terminar de arrumar a caixa, Demetria foi à casa de banho/ banheiro limpar a mão que tinha sangue, vestiu algo confortável.
Tuesday, 07:01 P.M. Orphanage, Texas
– Desculpe, eu sou a Demetria. A garota que iria fazer voluntariado no orfanato. – Demetria chamou a atenção da recepcionista que vasculhava papéis numa gaveta funda.
– Boa tarde! Então é a Demetria? Que honra recebê-la cá. – A recepcionista pôs ordem à franja e estendeu a mão a Demetria. − Poderá aguardar um pouco? – A senhora de cabelos um pouco grisalhos parecia simpática, tinha a felicidade estampada no rosto.
Tuesday, 07:10 P.M. Orphanage, Texas
− Desculpe Demetria. – A recepcionista sorriu. − Ao seu cuidado estará a menina do quarto − Fez uma pausa e esboçou um ar assustado. – Nº10.
– Obrigada. Mas desculpe, qual o é problema dessa menina, senhora… − Demetria não sabia o seu nome.
– Nina. O problema é que ela é uma menina que nunca deixou que ninguém cuidasse dela. Ela dizia que ninguém se importaria com ela, e sempre que alguém se aproximava, ela, simplesmente, enxotava. Mas acho que você vai conseguir. Já agora ela tem seis anos e chama-se Pérola. – Nina abriu um sorriso como encorajamento.
– Obrigada Sr.ª Nina e trate-me por Demi. – Demetria retribuiu um sorriso. Lovato foi andando até encontrar o quarto Nº10, admitia que estava com medo. Agora, rezava para conseguir encontrar o quarto na infinidade de portas.
– Desculpa! Estás bem? – Demetria procurava o número da porta sem olhar para frente.
− Claro. E tu? Desculpa, é que eu vim deixar minha mãe e sou nova e isso… faz parte, não é?
– Claro. Como te chamas? – Demetria ajudou-a a apanhar umas coisas do chão.
– Sou a Miley, mas se preferires podes tratar-me por My e tenho 17 anos. Acabei de chegar à cidade, porque minha mãe foi transferida para este orfanato. E tu?
– Chamo-me Demetria, mas se preferires podes tratar-me por Demi e, também, tenho 17 anos. Vim fazer voluntariado no orfanato.
– Fazes voluntariado? Uau, isso deve ser espectacular, tipo poder ajudar os outros.
– Miley? Miley, não te esqueças de levar a tua irmã Noah à casa do Peter, sim? – Uma mulher loira, provavelmente na casa dos quarenta anos falou do fundo do corredor.
– Claro… Tish – Miley hesitou ao tratar a mãe pelo nome. Tish saiu sem dar grande importância facial.
– Não tratas a tua mãe por mãe? Porquê? – Demetria percebeu pelas semelhanças que se tratava de mãe e filha.
– Longa história, Demi. Se me dás licença, tenho de ir. – Miley mexeu no cabelo em sinal de nervosismo.
− Claro e adeus? – Demetria foi andando até à saída. Tinha agora de enfrentar a mini fera. Pode ver pela porta entreaberta uma menina com um lencinho vermelho na cabeça, brincava alegremente com os seus dedos, mas quem sabe se esse não era o sorriso para enfrentar os problemas diários?
− Posso entrar Sr.ª Pérola? – Demetria bateu à porta com um enorme sorriso
– Olá, podes claro. – Pérola não deu grande importância. − Mas quem és e o que vieste fazer?
– Eu sou a Demetria, mas podes-me tratar por Demi. Eu vim fazer voluntariado para o orfanato e por acaso eu cuidarei de ti, e se eu gostar deste local eu continuarei. – Demetria sentou-se na sua cama com o tronco ligeiramente inclinado para Pérola.
– Ótimo! Desculpa, mas podes cantar para mim?
– Claro, quem iria negar um pedido de uma princesa como tu? – Demetria sorriu-lhe.
– Nunca ninguém me tinha dito isso. – A menina corou. − Tens ali um violão, se quiseres.
– Um violão para uma menina de seis anos? Vejo que temos talento. – Demetria piscou-lhe o olho fazendo-a sorrir.
– Eu gostaria de aprender. Mas se tocares para mim eu conto-te a minha história, contrato aprovado?
– Sim, senhorita Pérola.

Continue ….
Parei na parte perto quando a Pérola ia revelar o motivo do violão. (I’M A BITCH #MEIGNOREM)
Porquê o nº do quarto da mini-fera tinha que ser o 10?
Sabem, eu odeio, não suporto números impares e os pares (principalmente o 10). Mas como a ironia do destino é mais, os meus número prediletos são o 5 e o 15.
Porquê o nome Pérola?
Porque curiosamente é o nome que eu mais gosto e daria para a minha filha.
E assim termino, beijos <3

2 comentários:

  1. Capitulo divo, escrito por uma... bich! Bich, pq parou na melhor parte! Ñ mentira, vc é uma diva de fic diva!! Posta urgentemente logo rsrs

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    1. Obrigada Peeh, sua diva fabulosa
      Se tudo der certo que sabe não posto mais hoje?

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