22 outubro 2014

39º Capítulo − Este é o significado mais natural da palavra “dor”. ✓




“ Tu realmente fazes-me ter a vontade de pôr uma aliança no dedo.” – Desconhecido

Friday, 10:53 A.M. Divine Art Company, Texas
− Demi! Ah, Jéssica... Vamos. – Jennifer disse rendendo-se.
− Nem penses. Eu fico!
− Nós estamos fodidas por culpa dela. Estamos juntas nesta merda, por isso levantar-nos-emos juntas. – Jennifer deu a sua mão a de Jéssica. Era bom voltar a sentir a pele da outra. Como nos tempos em que davam as mãos em crianças e corriam pelo campo. A plateia olhou-as e aplaudiram-nas de pé. Ninguém sabia da desavença, somente os funcionários da empresa. Elas abraçaram-se.
− Obrigada, talvez não seja como antes, mas talvez possa ser diferente. − Jéssica falou no ouvido de Jennifer.

Friday, 10:33 A.M. De La Garza’s House, Texas
Months later
Tudo tem a sua dor, ela vem depois de um curto período de alegria e felicidade. Este é o significado mais natural da palavra “dor”. Não adianta negar. Com certeza todos já, em algum momento, concordaram com isto.
Nos últimos meses foi descoberto a Eddie um tipo de Hepatite B, nada muito grave. Só que não deixava de ser uma doença. Liam ajudou-o, conseguiu contactar um amigo médico que fez uns preços amigáveis. Liam aguentou cada capricho e choro de Eddie. Por mais doente que estivesse, o preconceito estava lá no topo. Nos últimos dias ele tinha ficado mais pensativo.
− Eddie! Está na hora de tomar os seus remédios e não adianta teimar que não. – Liam chegou com um copinho plástico branco com medicamentos e outro com água.
− Maldita a hora em que apareceste! – Eddie engoliu a água com raiva. Imensa raiva.
− Posso fazer-lhe uma pergunta? – Sentou-se no sofá à sua frente.
− Diz logo.
− Porquê tanta amargura no coração? – Olhou-o no fundo dos seus olhos. Ele sabia que tudo tinha a sua razão.
− Que amargura? Esqueceste a tua medicação? – Riu sem graça, digamos, troçar.
− Sem risinhos. Porquê é que é assim? Tanto preconceito comigo, com a Demi, a Maddie…
− Sabes, quem me causou este grande desgosto foi algo que todos nós temos. Nem todos a recebemos da mesma forma. Há quem trate de estragar a dos outros. É ela que nos traz a felicidade e alegria. Só que nós sabemos que estamos tristes, porque fomos muito felizes sem saber. – Ele pousou na mesinha que estava perto e ajeitou-se no sofá.
− E quem é essa “pessoa” que com que todos convivemos e nos faz isso?
− Eu disse que era alguém? Mas, okay. É a Vida. – Fazia sentido. – Nós não precisamos que sejam os outros a desiludirem-nos. Basta sermos nós. − Ele sorriu pela primeira vez.
− E o que a Vida lhe fez?
− Uma coisa má que só pertence ao passado.
− Então, por que continua a passar essa mágoa no presente? – Reperguntou.
− Há coisas que são impossíveis de ignorar.
− Mas nada é impossível, apenas é difícil. – Liam sorriu-lhe. – Agora, peça desculpas a quem merece. Não destrua o que os outros estão a tentar construir.
− Obrigada, talvez siga isso… − Eddie não conseguiu completar a frase.
− Agora! Não deixe o chá arrefecer. – Ele estendeu o telefone. Eddie ainda hesitou, mas não foi suficiente. Lentamente marcou o número de Demetria. A sua mão tremia, era estranho.

− Demi? – O estranho som de “ Tu…Tu…Tu…” acabou.
− Eddie? Veio interromper a minha hora para quê? – Ela falava-lhe com desprezo. O seu defeito sempre foi achar que as pessoas mudassem ou fizessem algo errado somente às vezes, mas a vida real não funcionava assim.
− Eu tenho de te pedir uma coisa, algo que talvez te tenha afetado na Vida, o teu coração.
− Depois deste tempo todo, vem pedir uma coisa? Além de mal-educado é imbecil! – A sua garganta queria dizer outras palavras, porém não podia ensinar palavrões a uma criança de sete anos.
− Demetria, deixa-te de criancices! – Eddie levou uma cotovelada de Liam. – Quer dizer, por favor, vem até aqui!
− Okay, eu vou! Mas se for uma brincadeira de mau gosto, arranco os seus olhos e cozo-os. – Ameaçou. Antes que se pudesse pronunciar, a chamada foi desligada.

− Então? – Liam perguntou.
− Ela está a caminho. – Disse num sussurro. Liam foi à cozinha. Eddie ficou a olhar para a porta, o coração batia descompassado. Passaram-se cinco minutos e já pensava que Demetria desistira a meio. A campainha tocou, finalmente.
− Olá, Demi! Sempre vieste! Já estavas a causar soares no Sr. De La Garza. – Liam abraçou-a.
− Isso era o que eu mais desejava fazer! E nem venha com palavrinhas bonitas para cima de mim! – Apontou-lhe o dedo.
− Eu sei o que fiz, sim?! Não precisas atirar-me isso à cara. Também sei que tens esse direito, afinal, fui demasiado cruel para contigo e a Madison.
− E?
− Desculpa-me por todo o mal, o transtorno e sobretudo o ódio e ira que te despertei. Nenhumas destas ou outras palavras irão reparar o teu coração, é impossível de colar perfeitamente um espelho.
− Adoraria expor tudo o que ficou trancado no meu coração, tudo o que senti e não pude dizer. Tive que viver com o passado e temer o futuro, porque no presente sentia um misto de emoções. Eu não quis magoar a minha mãe e a Dallas, mas você importou-se? Eu não podia chorar a todo o momento, não quis que me perguntassem se havia algo de errado, porque talvez rissem do meu porquê. – Os seus olhos queriam dizer muito mais, mas a falta de palavras permanecia. Por mais que dissesse, menos dizia o que pensava.
− Desculpa, mas há erros que temos de cometer, por maiores que seja. Talvez eu tivesse bastante mal, se não fossem vocês a prestarem-me auxílio.
− A confiança não nasce com palavras, nasce com ações. Espero que não desiluda. Ao mínimo sinal, acaba-se tudo o que foi construído.
− Isso quer dizer que aceitas as minhas desculpas? – Os olhos de Eddie brilhavam.
− Cada um pensa o que quiser. Eu vou andando, tenho deveres a cumprir. Cuide-se! – Demetria caminhou até à porta sem grandes demoras.
− Obrigada, Demetria! – Eddie agradeceu de coração. Ela lançou-lhe um ar mortal, ela odiava “Demetria”. − Quer dizer, Demi!
Friday, 10:45 A.M. Lovato & Jonas’s House, Texas
Ninguém estava em casa. Pérola foi para casa de Selena e Miley. Demetria não conseguia deixá-la sozinha numa casa tão grande, que ela mesma mal conhecia.
Caminhou até ao jardim que ficava na parte de trás da casa. Era um jardim calmo com relva bastante verde e irregular, havia também um baloiço. O baloiço parecia ser um belo companheiro para aquela hora.
Sentou-se vagarosamente, não apresentava as melhores condições. Notou que tinha alguns malmequeres, colheu um e girou-o entre os dedos fazendo-o passar o tempo.
Já se tinha passado um longo tempo, mas continuava ela e o malmequer.
− Estás aí há muito tempo?
− Algum... Tive de ir à minha antiga casa. A causa foi, digamos, estranha. O Eddie pediu-me desculpas por todo o desgosto na minha vida. – Ela girava o malmequer freneticamente. – Parece que a minha Vida tem tido emoções bastante diferentes, estes meses.
− E estás pronta para outra grande emoção?− Encarou-a.
− Acho que nesta altura, estou pronta para ouvir o que quer que seja.
− Houve alguém que entrou na minha vida. Tentei tanto odiá-la, mas ela é perfeita com simples gestos. Desde que acorda até que adormece. Adoro o jeito mal-humorado dela, o jeito teimoso e querido. O quão bem recebe más notícias, porém, por dentro ela estava e está maltratada. O coração permanece puro e pronto a ajudar. É bom poder relembrar que o beijo dela é viciante e tentador. Eu não posso dizer o que sinto por ela.
− Acho que estes meses de “casada” foram bons e diferentes. Apesar que nada tenha sido verdadeiro. – Demetria dizia angustiada. Mentia para que o seu cérebro aceitasse que aquilo era o que realmente sentia. − Portanto, podes seguir o teu caminho.
− Demetria, sabes que eu estou a falar de ti. Certo? – Além desta conversa ter começo como um assunto sério, agora era “Demetria”?
− Como? Como assim a falar de mim?
− Não está claro que eu te amo? Eu sinto ciúmes de ti e tu de mim.
− Quem disse?
− Quem disse?! Naquele dia, em que perguntaste quem era a Sylvia.

“ – Eu passo aí amanhã, Sylvia. Não se preocupe! – Alguém chegou a falar ao telemóvel/celular. Desligou apressadamente e colocou-o no bolso das calças. – Demetria?        
– Joseph, esqueceste-te que vivo aqui juntamente contigo? Quem é essa nova amiguinha? – Tocou baixo para se ouvir. Na última pergunta, sentiu uma pontada de ciúmes, algo incómodo. Tão incómodo que a fez voltar a olhar o piano.”

− A maneira com que olhavas. Já ouviste que os olhos não mentem, certo?
− Sim, está certo! Tu foste um filho da puta que apareceu do nada. Não sabia como reagir, eu não sabia o que era amar alguém, porque eu não me amava. Tinha acabado de sair de uma clínica. Eu não me queria magoar novamente. Eu queria tanto ter um motivo que me fizesse odiar-te. O teu perfume chamava-me à atenção, homens cheirosos são muito melhores.
− Quer dizer que a incrível Demi Lovato estava apaixonada durante estes anos todos? Aceitas desfazer esta farsa?
− Quem sabe? – Ela beijou-o. Talvez o oficial de todos os outros. Na verdade, todos esses foram pequenas amostras de amor um pelo outro, mas não podemos dar um nó com um cordão.
Talvez o amor não possa ser explicado por ninguém, cada um sente de maneira diferente. Não que cada um ame mais que o outro. Só que… É isso, não há explicação clara.

“Yo Te Miro, Se Me Corta La RespiraciónCuanto Tu Me Miras Se Me Sube El Corazón” – Bailando By Enrique Inglesias

Continue…


Hey Sweeties! Como estão?
Este é o PENÚLTIMO, P-E-N-Ú-L-T-I-M-O da Fic. Não sei o que acharam deste cap, esforcei-me muito para dar o meu melhor. Não é à toa que está a ser escrito desde 16/10, ou talvez, seja apenas preguiça
Não consigo mais guardar segredo, mas eu trollei-vos :v O nome da próxima Fic não é Superation, é Believe In Me. Superation é apenas uma das palavras-chave dela. E não, não essa ideia de acreditar em nós.
A partir da segunda Fic irá ter uma tracklist. Trechos de música que ficarão na vez de frases no começo do cap. Acho que a Fic será um pouco menor, porém mais focada na Demi.
Todos os nomes das Fics serão nomes de músicas, que por sua vez as fics serão baseadas nessas músicas.
Atenção Lesbians4Demi! Eu passei o meu Tumblr de Fics Lesbian4Demi para o Blogger. O URL é este Queen Demi Lovato
Beijos.

3 comentários:

  1. Hey, Jenny! Obrigada! Não fique triste, é bom saber que concluímos um ciclo. Espere que goste do último. Não prometo que seja o melhor e o mais.
    <3
    Bom saber que está curiosa.
    Em breve...
    Besos

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  2. Ameii o seu blog, ele é super Demi Lovato :3 !

    There | Fluffy White

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    1. Obrigada, gata! É um blog sobre fics da Demi, por isso a dose"super Demi Lovato" Kkkk
      Seguirei o seu blog, besos!

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