29 setembro 2014

38º Capítulo – Todas as Vidas têm a sua dor. ✓


" Never thought I'd be alright till you came and changed my life what was cloudy now is clear you're the light that I needed” − Christina Aguilera
Porquê que ela sorria automaticamente? Porquê tantas perguntas e porquê “Do Teu Jonas”? Estranho demais, mas okay!
Friday, 08:29 A.M. Lovato & Jonas’s House, Texas
− Bom dia, Nina! – Ela acenou. Nina queria dizer algo. Demetria prosseguiu o seu caminho até ao quarto, abriu a porta e não viu ninguém. Correu até Nina. − Nina? Nina, onde está a Pérola?
− Bem, primeiro acalma-te. – Ela fê-la sentar-se. – Eu tentei explicar antes de entrares no quarto, mas a teimosia é soberana!
− Okay, diz logo! – Demetria bufou sem paciência.
− A Leucemia está cada vez pior. Ela foi levada para o hospital, porque estes podem ser os seus últimos dias. Eles precisam de um dador urgentemente.
− Eu tenho de ir para lá! – Foi puxada novamente por Nina para se sentar. – O que foi desta vez?
− Ela está para ser adotada. – Agora sim, o seu Mundo desabou. Ela podia qualificar a sua dor como um redondo dez. Toda as Vidas têm a sua dor.
− Como? Como assim? – Ela não queria acreditar. Tinha de aceitar. Para quê ser boa para a Vida, se ela a magoava a cada instante?
− É isso! A Vida segue e tu tens de o mesmo. – Nina levantou-se. – Podes ir e boa sorte. – Ela levantou-se ainda a pensar naquilo, caminhou devagar até ao carro. Destrancou-o e sentou-se ao volante. As lágrimas iam escorrendo, algumas multas viriam, dado que ultrapassou os semáforos. Ela chegou ao hospital. Fez tudo certo. Agora, viria a parte de doar o sangue, não que ela tivesse medo. As últimas vezes foram chocantes. Tantos exames que ela fez quando foi para a Reabilitação. E aquele enfermeiro carniceiro? Furou o braço dela até encontrar a sua veia. Meu Deus! Lembrança terrível!
− Demetria Lovato! – A enfermeira chamou-a. Era agora ou nada. Caminhou até à sala e sentou-se na cadeira. O enfermeiro era simpático, novo, alto, moreno, olhos verdes e Canadiano. Não foi mau, apenas uma picadinha de abelha. Terminou e foi embora. Não teve coragem de ver Pérola deitada numa maca quase a morrer. Seguiu para Divine Art.
Friday, 09:40 A.M. Divine Art Company, Texas
− Olá, Jéssica! – Ela acenou sem ânimo. Jessica parecia mais animada que ela. Demetria caminhou até à sala de Jennifer. Bateu à porta e viu Jennifer trabalhar com Liam. – Ora, parece que aqui já se trabalha.
− Tem de ser. Estávamos a trabalhar em algumas coisinhas, só para adiantar. – Jennifer escrevia sem parar.
− Já disse a data do grande dia? – Liam fez-se notar na sala.
− Daqui a duas semanas. – Ela foi direta.
− Duas semanas? Isso é uma brincadeira? – Ela ficou estática.
− Não. É a sério! – Continuou a escrever sem parar.
– Então, okay. – Teve uma ideia. − Jen? Odeias a Jessica, correto? – Ela apenas acenou “Sim”. – Porquê? – Ela retirou os olhos do texto pela primeira vez.
− Uma palavra: Namorado.
Um homem? Vocês chatearam-se por um homem? – Liam perguntou incrédulo.
− Nós namoramo-lo ao mesmo tempo. Ela era a minha melhor amiga. Ela roubou o meu amor!
− Já tentou pensar que era ele que vos enganava às duas? Tu ouviste-la? – Demetria encarou-a.
− Ela…
− Há quantos anos já a conhecias? E a ele? Porque foste confiar justamente nele? Homens adoram brigas, usar, traiçoeiras, causar… − Liam olhou-a. – Okay, alguns homens.
− Ela… − Jennifer tentou desculpar-se. Falha total, não havia nada a explicar.
− Jennifer, convence-te que erraste tal como ela. – Liam disse num sussurro. O silêncio instalou-se na sala. Trabalharam em silêncio por pouco tempo, afinal palavra puxa palavra.
Friday, 08:30 P.M. Lovato & Jonas’s House, Texas
Ela continuava a olhar o penso que cobria o furo da agulha. Pensar que só depois de algum tempo faria isto, não para ela, mas para tentar salvar alguém. Alegrava-a e ao mesmo tempo entristecia-a, por não ter certeza.
− Para de pensar na morte da bezerra. – Alguém falou da porta.
− Piadas secas a esta hora? – Demetria perguntou.
− Algum problema? – Olhou o seu antebraço. – Isto é o quê, exatamente?
− Doação de sangue. Eu segui o teu conselho. Basta saber se valeu a pena. – Passou os dedos pelo penso redondo. Ele sentou-se ao seu lado.
− Tudo vale a pena. Se fizeste era para ter acontecido. Pensa que tudo irá correr na perfeição. – Passou os dedos no seu rosto. – Agora, vem comigo.
− Para onde e para quê? – Perguntou desconfiada. Ele arrastou-a para o carro.
Friday, 08:40 P.M. De La Garza’s House, Texas
− Que bom ver-te, minha filha! – Dianna abraçou-a. – Joseph, quanto tempo!
− Demetria! Que saudades! – Madison e Dallas disseram em coro. Como Dallas tinha mudado… O rosa já não estava presente a cem porcento no seu vestuário. Demetria abraçou-as e pela primeira vez fê-lo com Dallas. O seu perfume era leve, porém muito delicioso.
− O Eddie está com algumas dores, por isso… − Dianna foi interrompida.
− Estou aqui! Eu sei que não sou bem-vindo, mas fazer o quê? – Fez-se notar o mau humor. Tudo o que parecia que ia correr às mil maravilhas foi por água abaixo.
− Você adora causar, verdade? – Dallas disse. Pronunciando-se pela primeira vez na vida. Eddie rolou os olhos e ignorou.
− Minha querida, há quantos anos não festejas o teu aniversário. – Dianna perguntou e ela sussurrou “Muito tempo.”
− Isso vai acabar hoje. – Ele pegou na sua mão.
− Sim e? – Demetria continuava sem perceber. Dianna trouxe alguns papéis, talvez para preencher. – Eu não assino nada sem ler as letras menores! – Eles riram.
− Apenas assina. – Dallas disse. Demetria assim o fez. Para quê isto? Será alguma regra para quebrar os anos de “Não-Aniversário”?
− Parabéns, Demetria. A Pérola é toda tua. – Ela continuava sem perceber.
− Pessoas! Traduzam, por favor!
− Estes são os papéis de adoção da Pérola, sua lenta. – Madison disse. – É assim tão difícil? − Fazia sentido o porquê de Nina ter dito que Pérola estava para ser adotada.
− Vocês estão a troçar, certo? – Ela sorriu. – Mas, isto é incrível! – Ela abraçou-o. – Santo Deus!
− Já que isto é incrível, eu tenho algo a dizer. Eu e o Trace vamo-nos casar. Por favor, não me matem! – Dallas mordeu o lábio inferior.
− Eu avisei que isto daria em casamento! – Demetria e Dianna disseram e entreolharam-se.
− Isso é um “Parabéns”?
− Claro! Dallas, toda a gente sabe como era essa relação. – Madison disse como se fosse óbvio.
− Vais fazer o papel da tua irmã? – Eddie disse para se fazer notar novamente, já que ninguém lhe dava bola.
− Não, porque o único que finge é você. – Demetria defendeu Dallas.

Friday, 08:30 A.M. Divine Art Company, Texas
Two weeks later
− Não, isso está torto! – Jennifer via se tudo estava em ordem. – Por favor, despachem-se! – Jennifer esbarrou em alguém. – Vê se desapareces!
− Por favor, Jennifer! – Jéssica apanhava os papéis que lhe tinham voado das suas mãos. − Eu também faço parte da equipa. Sem mim, falhas, tal como se não te tivesse a ti!
− Meninas acalmem os ânimos. – Demetria surgiu. – Nem tentem dizer que não estavam a discutir.
− Sim, senhora! – Jéssica riu.
Friday, 10:53 A.M. Divine Art Company, Texas
− Demi, o teu telemóvel/celular. – Jéssica avisou-a depois do fim do desfile. Devia ser a terceira vez que tocava.

− Estou? − Ela atendeu a chamada, porém ficou em dúvida, era um número desconhecido.
− Sr.ª Demetria Lovato Jonas?
− Eu mesma. Quem fala? – Disse trémula. Seria…? Não!
− É do hospital, é sobre a doação. – O seu coração acelerou. – Já temos os resultado e está tudo aposto para fazer a doação. – Os seus olhos encheram-se de lágrimas. Não podia acreditar.
− Eu vou já para aí! – Com certeza que a pessoa da outra linha tinha algo mais a dizer. – Meninas! Eu preciso de ir! Vocês têm de se apresentar na minha vez. Não adianta discutir isso, tenho uma vida nas minhas mãos. − Demetria aproveitou o momento. Ela sabia que elas fariam as pazes.

− Demi! Ah, Jéssica... Vamos. – Jennifer disse rendendo-se.
− Nem penses. Eu fico!
− Nós estamos fodidas por culpa dela. Estamos juntas nesta merda, por isso levantar-nos-emos juntas. – Jennifer deu a sua mão a de Jéssica. Era bom voltar a sentir a pele da outra. Como nos tempos em que davam as mãos em crianças e corriam pelo campo

Continue…
One Year! Minha gente, passou depressa! Eu cresci muito e a minha escrita melhorou um POUQUINHO! Para não falar que esse é um dos últimos capítulos e faltam apenas dois para acabar. #Choremos
Eu quero agradecer à Jenny, Peeh, Ruh, Rafaela, Jessica e às outras meninas que pouco comentavam. Obrigada. É a única coisa que tenho a dizer. Obrigada de coração.
Enfim, ninguém quer saber disso.
Beijos.

3 comentários:

  1. Não fique triste, quem sabe algo melhor virá. É, finalmente eu postei ^_^
    Ah obrigada, Jenny :D Ficou original, gostei <3
    Postarei assim que puder.
    Beijos, Gata

    ResponderExcluir
  2. Awnnnn chorei :( confesso, tinha dado uma pausa na sua fic e li uns 5 ou 6 capitulos pra me atualizar mas enfim... tá divo, como sempre!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Awwn chorou? Porquê? Realmente, já tinha saudades de te ver aqui. Me faz falta, Peeh!
      Obrigada, Diva!
      Besos

      Excluir