03 outubro 2013

06º Capítulo – Quem vai fazer sorrir a Demi? ✓



– Chega deste assunto. O jantar está pronto? Não tinham algo a dizer? – Demetria ignorou completamente grupo.
– Sim Demetria, vamos. – Dianna rolou os olhos.
Demetria já bufava por todos os cantos, impaciente e levemente incomodada com a presença de Joseph. Qual seria o problema dela? Ambos faziam tanto drama que mais parecia teatro amador.
– Demetria venha jantar. O efeito dos… − Demetria chamou a atenção de Dianna com uma cotovelada − Fale mais alto, possa ser que eles descubram. – Demetria repreendeu a mãe num sussurro para não chamar a atenção da outra família.
– Desculpa. – Apesar de Dianna implicar com Demetria, ela habitualmente ajudava a sua filha com a medicação – Bom, podemos jantar agora? – Ambas as famílias soltaram um sim ou um aceno positivo.
– Bom, como todos devem saber, o nosso estúdio de gravação está numa situação complicada, o que poderá levar à falência e por isso alguém terá de assumir a empresa. Por isso Demetria e Joseph terão de se casar.
O momento mais estranho da noite, depois de um minuto e meio de silêncio, Madison e Demi olharam-se e começaram a rir. Todos os que estavam presentes olharam-nas com caras sérias. Elas pararam, mas rapidamente caíram no riso, riso histérico.
– Eddie, meu querido, eu sempre disse que tinha jeito para comediante. – Demetria falava ironicamente mas, também, friamente com o seu padrasto.
– Isto é muito sério, Demetria.
– Como?! Tipo o quê? Casar-me?! Com ele? – Demetria fechou a sua expressão apontando para Joseph − O popularzinho com a estranha? Isso vai ser título do jornal escolar! E quando vai ser o “casamento”? – Demetria podia jurar pela sua vida que isto não passava de algo para a irritar e uma das melhores maneiras para a tirarem de casa, afinal ela era um problema.
− Sim, obviamente que um jantar em casa da pessoa aqui, − Joseph apontou para Demetria – não seria coisa boa. A sério, porquê que eu concordei em o ajudar? – Joseph pode sentir o olhar de Paul queimar a sua pele.
– Sexta-feira! – Eddie gritou.
– Semana que vêm? Graças a Deus! – Demetria abusava na ironia − Mas seja como for, tenho uma coisa importante a dizer, para que vocês possam sentir orgulho em mim, uma vez na vida.
− Sim. O que você vai fazer para sentirem orgulho de você? – Dallas metia à boca uma garfada de um bolo qualquer que ela mesma tinha comprado, egocêntrica.
– Esta e a próxima semana, estarei a fazer voluntariado no orfanato.
– Que ação tão linda, Demi! – Denise e Paul elogiaram Demetria, eles não eram, de longe, como a sua família.
– E quanto irá receber por isso? – Eddie riu sozinho − Herdou os costumes de ajudar os pobres? Como o teu pai? – Demetria encarou-o com desaprovação, contudo não conseguiu responder a Eddie.
– Que pena que não saiba o significado de “Ajudar o próximo”. Se me dão licença eu vou para meu quarto. – Demetria pousou o guardanapo que estava no seu colo na cadeira. – Não consigo respirar com este ar poluído.
– Quê? Vais voltar a pegar na lâmina e introduzir os dedos dentro da boca? – Eddie sorria e falava para trás para que Demetria pudesse ouvir.
– Força, Eddie. Faça o espectáculo por que tanto ansiava. – Demetria subiu as escadas num lance.
– Perdeu uma boa oportunidade de estar calado. – As mulheres da casa repreenderam Eddie.
– E agora? Quem vai fazer sorrir a Demi? – Dianna torcia para que não sobrasse para ela, ela não ideia de como consolar a sua filha Demetria, nunca soube, ela nunca foi como Patrick.
– Joseph! Vá lá. – Denise deu uma palmada na omoplata do filho do meio, afinal ele iria casar com ela e sabia que ele não tinha intimidade com a futura, quase noiva.
– Porquê eu? Diga ao Nick, ele é o melhor amigo dela. – Denise encarou o filho de modo a mostrar-lhe o óbvio, ele casaria com ela em breve, não Nicholas. – Ah! Eu sou o noivo forçado dela. – Joseph falou ironicamente.
− Estás fudido, maninho. – Nicholas sussurrou para Joseph e riu.
Joseph subiu as escadas até escutar uma voz chorosa num dos quartos que esperava que fosse de Demetria. A porta estava encostada e Demetria dobrada sobre o parapeito da janela, a murmurar para a Lua, ou com alguém que já não estava entre eles. Parecia que Demetris não estava bem, parecia esconder algo.

Continue…
Divulgação: http://jemilovestorie.blogspot.pt

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