31 janeiro 2015

Terceiro Capítulo − Sabes o que eu ia adorar? Uma discussão! ✓



Mistreated

Misplaced, misunderstood
Miss know it, it's all good
It didn't slow me down
− P!nk in Fucking Perfect

− Se inteligência pagasse imposto, estarias endividado. – Selena bateu com a mão na testa. Jonas aguardava os seus cinquenta dólares. Selena colocou os seus queridos e frescos cinquenta dólares, certamente pagariam uma entrada na discoteca.
− Muito chateada? – Selena sentou-se num banco próximo de Lovato.
Demetria mordia o lábio inferior e segurava a cabeça com a mão esquerda.
− Se queres saber, chateada é pouco. Eu adoraria socar a cara daqueles dois idiotas.
− Sabes o que eu ia adorar? Uma discussão! Já está na hora de socar aquela vaca.
Demetria olhou-a incrédula. Selena parou de falar naquele assunto.
– Vem para perto de nós, faz de conta que ela não existe.
− Missão quase impossível.


O encontro foi um desastre total, o clima ficou tenso e pesado.
− O que vão fazer logo à noite? – Ashley fez-se notar mais uma vez.
− Dar um tiro na cabeça para… − Selena deu-lhe um pontapé na canela da perna. – Dormir, só isso. – Demetria levantou-se na direção da porta de saída, não conseguiria ficar sem mandar uma boca ou indireta. – Adeus!

Thursday, 05:21 p.m. Lovato’s House, Santa Barbara CA
− Mãe? Mãe?! – Demetria chamou inúmeras vezes e pousou as chaves na mesa de centro. O cheiro no ar de rosas, novamente, trazia-lhe recordações e memórias automáticas. Isso assustava-a, talvez porque não queria saber o que era e muito menos falar sobre isso.
Ela tremia cada vez que se despertava das memórias, era assustadora aquela imagem. Levou-a a deitar-se no sofá e a encolher-se no mesmo.

Thursday, 08:00 p.m. Lovato’s House, Santa Barbara CA
− Demetria? – Uma voz chamou. Os olhos abriram lentamente, a luz da lâmpada da sala tornou-se forte aos olhos recém-acordados de Demetria. – Estás bem?
Demetria queria responder “não” e “porquê”, mas as suas preocupações seriam ignoradas, por isso…
− Sim, por que não estaria? – Sentou-se no sofá e segurou a cabeça com as suas mãos, agora, frágeis.
− Tu agarraste-te à almofada e disseste coisas sem sentido. Por que não falas?
Podia imaginar as várias coisas sem sentido que foram ditas, o melhor era não perguntar.
− Eu não vou falar, porque não há a ser dito. Não adianta implorar. – A cada palavra dita o seu corpo recuava.
− Estás a mentir. – Dianna olhou-a no fundo dos seus olhos.
− Provas?
− De cada vez que mentes, tu piscas os olhos. É como se o teu corpo recusasse a mentira. Mentir só te fará pior.
− Que ódio, isso é mentira! Não dá mais para conversar consigo. Tudo vai dar a uma discussão. Começo a odiar-me, por tudo estar a dar mal e as pessoas se afastarem como se fosse uma maldição. – Levantou-se do sofá e foi para o seu quarto.
Ultimamente, o seu quarto era o único lugar que não parecia um campo de batalha. Um lugar onde o silêncio reinava, nada mais interferia que o barulho baixo do choro que pertencia ao seu coração.


Meia hora tinha-se passado desde que o tornado passou. O seu corpo parecia que era empurrado por alguma coisa, era mais forte que ela.
O seu telemóvel/ tocava freneticamente em cima da cama, talvez alguém que quisesse dizer alguma coisa que ela não queria ouvir.
O silêncio tinha sido quebrado pelos barulhos terríveis que eram ouvidos no andar de baixo. A raiva de Dianna tinha sido despertada subitamente. Dianna e Demetria eram parecidas nisso, permaneciam caladas até se sufocarem e depois destruíam-se.
A cada passo dado, as suas pernas ficavam cada vez mais pesadas e lentas, aquilo estava errado e não levaria a lado nenhum.
      A água estava gelada, cada gota escorria até ao seu pescoço nu. As suas olheiras estavam maiores que da última vez, o seu hábito de chorar todas as noites começava a trazer consequências pesadas. Os seus lábios, que eram mordidos levemente pelo nervosismo, estavam agora doloridos e vermelhos. Ela mudou imenso desde há dois anos. Era notável.
Depois de ter o seu rosto enxaguado pela toalha azul-marinho, abriu a gaveta e notou que a sua lâmina estava no lugar de sempre.

Depois de a tirar, a fazer rodar nos seus dedos, pensar se aquilo a aliviaria as suas dores e os seus desaforos, sentou-se na tampa da sanita.

Hey, Guys! Tudo bem?
Estes dias têm sido bastante corridos, na quarta da semana passada fiquei doente, na sexta dessa mesma semana faltei e para finalizar, os testes e trabalhos escolares...
Acho que não estava bem para postar, nem sei se cumprirei à risca o plano de postagem.
Desculpem.

Um comentário:

  1. Hey, Jenny! Tirando a tosse, estou muito melhor, obrigada!
    Ainda bem que gostou ^_^ Identifica-se?
    Postarei assim que poder.
    Besos :-*

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