04 fevereiro 2014

29º Capítulo − Para te ouvir, vou até ao fim do Mundo. ✓



– Obrigada, Jéssica, por me fazeres rir. – Demetria caminhou sobre o piso branco. Ela não fazia baralho, usava uns All-Stars pretos. Ninguém diria que ela era uma das estilistas escolhidas pela exigente Jennifer. Demetria bateu na porta de Jennifer.
– Entre! – Mexia em alguns papéis. Alguns, não, eram mesmo muitos papéis.
– Olá, Jennifer. Sou eu, a Demi. – Jennifer tirou os olhos dos papéis por um instante.
– Ah, desculpe, Demi. Não tinha visto que eras tu.
– Deixe lá isso. O que se passou? Porquê tanto papel, é preciso ter um problema e… um problema. – Sentou-se na cadeira da secretária de Jennifer.
− A Divine Art está a ir à falência. Não há novas ideias. Talvez tenhamos de nos vender, fazer parceria com outra firma, formando uma só firma. – Jennifer parecia abalada pela única solução encontrada até ao momento.
– Não, Jennifer. Eu tenho algumas ideias que podem levantar a firma. – Jennifer pulou da cadeira.
– Diga Demi!
Demetria sentou-se na cadeira em frente a Jennifer. Tirou da sua bolsa um tipo de papel dobrado e colocou-o sobre a mesa. Jennifer pegou, receosa, no papel dobrado em dois.
A mulher passou os olhos pelas frases enumeradas, a expressão dela parecia animada.
– Demi – A mulher posou o papel e levantou-se em direção a Demetria – Essas “regras” são excelentes! Demi, o que faz com que tu penses assim? Sabes que o conceito de moda é tão difícil de mudar... – Jennifer parecia tão “sem palavras”.
– Jennifer, eu tenho uma história tão dramática nas minhas costas. Eu sofria por causa da moda. Eles eram péssimos comigo… − Uma lágrima rolou a face de Demetria. Jennifer enxugou-a e beijou as suas mãos. – Continuando, eu trouxe alguns desenhos, esta coleção será destinada às adolescentes… − Demetria descreveu tudo e mais alguma coisa sobre a coleção.
Wednesday, 19:30 P.M. Divine Art Company, Texas

Jennifer era realmente uma mulher fantástica, mas o que se passara entre ela e Jéssica?
– Jennifer? O que se passou entre ti e a Jéssica? – Jennifer olhou-a, com medo.
– Demi, isso já passou! Foi só um mal-entendido, além, nem foi nada. – Ela pareceu bastante nervosa.
– Claro… − Rolou os olhos. Continuaram a falar sobre a coleção, tudo isto era um grande processo, desde o escolher dos melhores conjuntos de roupa até experimentar os modelos prontos.
Wednesday, 20:15 P.M. Divine Art Company, Texas
– Mas, Demi?! Como vamos usar isto? – Ela perguntava confusa.
– Usando. – Jennifer olhou-a ironicamente, começaram a rir.
– Claro, Demi. Espera aí, que horas são?
– São oito e um quarto, por… Espera! Eu já me devia ter ido embora. Ai, minha Santa…
– É mesmo, Demi. É melhor ires.
– Até logo! – Demetria abriu a porta da sala de Jennifer e havia alguém que estava a ouvir tudo o que se passava na sala. – Jessie? Tu estavas a ouvir a nossa conversa?!
– Sim! Sabem que todo Mundo foi embora, certo? Eu fiquei preocupada. – Jéssica deu ênfase no “preocupada”. – Eu pensei que tivessem morrido na sala.
– É óbvio que não! Eu vou andando, e por favor, não destruam a sala. – Claro que elas eram capazes disso e muito mais.
Demetria correu até ao carro, tropeçou no caminho, como sempre. Foi direta para casa com direito a trânsito, porque isso é uma raridade naquela cidade.
Conseguiu sair daquele inferno, a sensação de poder descansar fazia-a voar daquele universo. Chegou na garagem, quando ouviu um baralho vindo do seu bolso. Quem seria o sem juízo a ligar-lhe àquelas horas?
– Sim, quem é? – Esqueceu-se de olhar quem era, com certeza seria Selena ou Miley.
– Já não me reconheces, Demi? – Claro que ela reconhecia! Como não reconhecer a voz da sua garotinha, a sua diversão de todos de dias. A sua menina.
– Claro! Como não reconhecer a voz da minha garotinha? Mas isto virou vício? Ligar-me quase às nove horas da noite?!
– Ainda bem que reconheceste. Claro que virou, para te ouvir, vou até ao fim do Mundo. – Lágrimas escorreram dos seus olhos, isto lembrara-a o que o seu pai lhe disse quando o informou sobre a sua ida para a reabilitação.

“ – Papá? – Sempre o chamava assim, força de hábito.
– Diga, Demi. – Ele era tão sereno, sorria sempre quando o chamava de “Papá”.
– E se eu fizesse algo errado? Algo que o desapontasse? – Os seus olhos já estavam marejados. – Odiar-me-ia como a mamã? – Baixou a cabeça
– Demi – Ele levantou a sua cabeça com uma mão. – Ela não te odeia, está bem? – Acenou um sim. – Mas o que fizeste de mal?
– Algo que as pessoas rotulassem como “louca”. – Lagrimas escorriam pela sua face, ela sentia vergonha em falar disso com o seu pai.
– Demi, ninguém poderá ser rotulado de louco pelos seus problemas. – Ele limpou as suas lágrimas. – Demi diz-me o que se passou. − Virou lentamente os seus pulsos e sussurrou um “Papá, eu vou para uma clínica de reabilitação.”
– Eu já suspeitava. – Ele pegou nos seus pulsos e beijou-os.
– Não vai discutir comigo? Não me vai chamar de “louca”? Não vai…
– Demetria, tu és uma garota sem comparação possível. Tiveste de lidar com tanta coisa forte para uma menina de apenas doze anos. Algum dia teriam de vir as consequências.
– Eu pensava que não me ouviria.
− Para te ouvir, vou até ao fim do Mundo.”

– Só tu para me arrancares um sorriso. Mas agora cama, ouviste? – Saiu do carro em direção à porta de casa.
– Claro! Adeus Demi. – Ela desligou, abriu a porta e encostou-se a ela.
– Pensei que estivesses a ajudar a Sel.
– A Sel? Para quê? Tomaste os teus comprimidos, Joseph?
– Porque dizes isso? Ela não te telefonou aos gritos? – Ele falava enquanto cozinhava. Nunca imaginaria que ele soubesse o que era uma frigideira.
– Não, mas porque é que ela telefonaria?
– Ah, o sacana do Nick vai pagar…
– Ponto um: O que aconteceu? Ponto dois: Desde quando cozinhas? – Sentou-se na banca da cozinha.
– Resposta um: O Nick disse-me que telefonaria à Selena para marcar um encontro. Resposta dois: Cozinho desde os meus quinze.
– Nunca pensei, que fosses tão… Tão surpreendente. Cozinhar desde os quinze? Isso porque…
– Tive que aprender, porque os meus pais viviam para e daquele estúdio. Depois era eu e os meus irmãos que odiávamos a empregada que lá trabalhava.
– Eu tive empregada até meus catorze anos, porque a minha mãe descobriu que nós a ajudávamos. Nessa época, a Dallas ainda ajudava. – O seu sorriso reduziu para um meio sorriso.
– O que se passou com a Dallas, o Eddie e a Dianna?
– Longa história que vai dar a outras… três histórias. – Demetria e Joseph riram.
– Vais querer jantar ou vais ficar aí sentada?
– Deves achar-te muito engraçado, Jonas. – Era preciso descrever o jantar? Sejamos diretos, o jantar foi no máximo agradável.
Wednesday, 21:24 P.M. Living Room, Texas
– Tocas piano, verdade? – Ele olhou-a pacificamente.
– É o que se diz, eu acho. – Sim, era para ser uma piada, que não resultou.
– Eu sei que sim, vi-te a tocar num dos dias em que discutimos. – Podemos dizer que o seu queixo caiu no momento. As perguntas surgiram na sua cabeça. Como? Porquê?

“ – Sendo assim, vou subir. – Demetria fez o mesmo antes de se deitar no grande sofá bege. Teve vontade de tocar piano, tocou algumas coisas sem nexo.
Friday, 11:11 P.M. Lovato & Jona’s House, Texas
Joseph estava para se deitar, ouviu um piano e uma voz conhecida, não muito alta. Desceu e viu uma surpresa agradável. Desceu até ao degrau que lhe dava uma visão clara sobre a sala, e lá estava ela, a tocar de olhos fechados. Obviamente não se apercebeu, assim que acabou de tocar, deixou algumas lágrimas rolarem a cara. Antes que ela o pudesse avistar, subiu os degraus à pressa.”

– Seu grandessíssimo parvo. – Empurrou-o do sofá e caiu.
– Calma, Demetria! Foi só um apanhado. – Sorriu torto enquanto tentava levantar-se do chão.
– Um apanhado? Estás a ver-me com cara de famosa?
– Se levar longe a carreira de estilista, poderemos dizer que sim. – Olhou-o com uma cara de interrogação. – Ah não, não me olhes assim. Continuando, eu posso pedir-te uma coisinha?
– Desembucha de uma vez.
– Cantas para mim? Agora sem apanhados nem nada parecido.

Continue…
Olá! Depois de alguns séculos. Decidi postar, tentei postar algo “grandinho”. Mas, não podia faltar mistério. E vocês o que acham que ela vai dizer?
Eu estava a pensar em fazer uma Imagine / Mini Fic, o que dizem? A música que serviu de inspiração esteve neste capítulo (Turning Tables)
E mais tarde vou postar a Critica da Fic naquela “página” que diz “Selinhos”, que irá ficar a chamar-se “Selinhos, criticas e tudo mais…”
Mas há algo mais importante, que vim aqui fazer uma divulgação. É sobre o novo blog da Êh Samaraa (desculpe se houver algo errado Êh)

Bjs

8 comentários:

  1. Hey my baby.achei perfeito o capitulo.e esse vai ser meu preferido.
    Aquela parte que Demi manda a Perola ir dormir.me lembra eu e vc rsrsrs

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    1. Hi Again My Darling. Vai ser o seu preferido? Porquê?
      Lembra, não lembra?

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    2. Pela parte do Patrick e da Demi e por que esta muito bom.
      Eu vivo te mandando dormir rsrs

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  2. Oii Cissy q saudade de ler sua fic, depois de tanto tempó voltei , eu tava com uns problemas mas já passou..
    não tenho.nada a diser da sua fic ,por que como sempre tá perfeita <3 *-*

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    1. Oi Rafaela, você me motiva ao falar isso. Espero que esteja tudo bem.
      Obrigada, eu também não postei mais desde dia 04, vou tentar postar hoje em comemoração aos anos da Becca

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    2. Awnn *--* que bom saber que eu te motivo *--* Eu Sinceramente Amo mesmo sua fic e como eu consigo me identificar com a Demi nela <3 e demais !!

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    3. Awnn *--* que bom saber que eu te motivo *--* Eu Sinceramente Amo mesmo sua fic e como eu consigo me identificar com a Demi nela <3 e demais !!

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  3. Obrigada por me motivar. E obrigada novamente por dizer isso, fico até sem saber o que lhe dizer, é a Demi, ela é simplesmente... diva.

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