12º Capítulo – Nada nos separa ✓

Tuesday, 06:26 P.M. De La Garza’s House, Texas

– Alguém poderá atender a maldita da campainha? – Dianna gritou de qualquer um dos cómodos opostos à cozinha.

− Eu vou! – Demetria respondeu num grito descendo as escadas.

− Olá, minha querida Demetria. Que bom ver-te... E agora chega dessa palhaçada e conta logo tudo. – Selena começou pela sua personalidade calma e depois fez-se convidada. Demetria foi arrastada por Selena para o seu próprio quarto.

− Ponto 01: Porque é que estás atrasada? Sabes que já passou mais de 01h desde a saída da escola? E ponto 02: Porque é que estás tão preocupada? – Demetria fazia agora as perguntas.

– Ponto 01: Fui almoçar e tratar das coisas da escola e ponto 02: Estou preocupada, porque não foste à escola.

– Antes tivesse ido. – Demetria sentou-se confortavelmente na sua cama.

− Porque estás a dizer isso? − Selena sentou-se, seria que ela estava a pensar numa outra coisa pior?

– Eu… Eu vou-me casar esta sexta-feira.

– Não pode…Mas como…? – Selena virou-se para Demetria com uma expressão confusa. − Como conseguiste arranjar casamento do dia para a noite? É que ontem tu…

– Eu vou casar com um do Jonas, mas o problema é que o Jonas é o Joseph. Eu vou casar contra minha própria vontade. – Demetria começou a chorar como uma criança desamparada, nada fazia sentido na sua cabeça. Selena continuava a mesma, aquele ser que a abraçava quando a via triste, isto se ela não chorasse também. Porém desta vez, foi como na primeira vez em que se conheceram.

“Tinham apenas sete anos de idade. Selena era a novata na escola, e Demetria estava lá, sozinha a passear pelos corredores daquela escola, que mais tarde seria o seu inferno. Demetria tinha ido contra alguém.

– Desculpa, mas é que sou novata e isto é horrível e… − A garotinha de cabelo ondulado gaguejava.

– Qual é o teu nome? – O sorriso de Demetria abriu-se, ela tinha sido a única pessoa que teria ficado nervosa perto de Demetria.

– Selena, mas prefiro Sel e… e tu?

– Demetria, mas chamam-me de Demi. Estás nervosa por causa de mim? Não estejas, eu sou o tipo de pessoa que todos troçam.

– Obrigada, Demi! – Selena sorriu como uma espécie de calmante. − Prometes-me que vamos ser amigas para sempre?

– Claro! – A inocência, que viria desaparecer rapidamente, foi uma das aliadas para as juntar.”

– Demi, − Selena segurava o seu rosto entre as suas delicadas mãos. − vai tudo correr bem, sim? Eu vou estar aqui, sempre. Além disso, tens-me a mim, ao hippie do Trace que mesmo assim é um amor de pessoa, ao Nick que é o teu melhor amigo desde aquele dia desastroso.

“Este seria mais um dia escolar banal, no qual Demetria esperava pela cabeça de vento da Selena. Para piorar, a primeira aula tinha sido cancelada devido ao jogo de basquete masculino que seria neste tempo. Ela deu conta que a sua visão tinha ficado turva e... Sim, ela tinha caído graças aos inúteis dos rapazes que estavam atrasados para começar o jogo.

– Merda! Eu vou matar-vos, suas bestas…

– Desculpa? É que sabes como é, sempre chegam atrasados e depois pensam que os outros têm culpa. Posso ajudar?

– Claro. E porque eu tenho depois que acalmar os ânimos? Sou o hippie e blá blá blá..

– Vocês têm razão, e sim podes ajudar. – Nicholas estendeu-lhe a mão. − Obrigada, mas como vocês se chamam?

– Nicholas, mas trata-me por Nick. Desculpa, tenho que ir. E fica com o meu número. – Nicholas tirou uma caneta da sua mochila e um papelzinho e escreveu.

– Chamo-me Trace e sou o “hippie”, ou seja se estás numa má, chama o Tio Trace. Se me dás licença, é que tenho que ir e fica com o meu número também. – Trace tirou o papel das mãos de Nicholas que estava prestes a entregá-lo e limitou-se a escrever e só depois a entregá-lo.”

– Mas falta ele. Ele era o meu porto seguro. A minha vida parou, literalmente. Selena dá-me um abraço? – Demetria bateu com os pés para que despertasse daquela realidade paralela. Não resultou. Esticou os braços para Selena, como consolo, aquela era a sua realidade.

Selena limitou-se a abraçá-la e sussurrou no seu ouvido “Nada nos separa”. Ela não a queria nunca mais largar dos seus braços, eles transmitiam-lhe proteção e amizade

– Sel, obrigada por teres vindo. Mas e tu? Vais ter que ir, não é?

– É melhor, antes que a senhora Mandy me estrangule, ela tem como modelo Homer Simpson. – Elas riram.

– Queres que te acompanhe?

– Eu sei caminho, sim? Adeus e vê se melhoras, está bem? – Selena parou na porta.

− Sim, minha queridinha Selena. − Selena saiu, deixando assim Demetria a pensar no que iria fazer, pois estes seriam os seus últimos dias de solteira. Começou por arrumar o seu closet. Demetria penso no quanto de tempo que não o limpava.

Continue…